Durante a solenidade, o presidente do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do TST, ministro Antonio José de Barros Levenhagen, afirmou que a história do Brasil é dividida em antes e depois das ferrovias, uma vez que graças à malha ferroviária, o país abriu caminhos para a prosperidade e o desenvolvimento. Ainda segundo o ministro, a exposição é uma oportunidade para que todos possam conhecer o “trabalho nos trilhos ao longo do século XX, a luta dos trabalhadores por direitos trabalhistas e o reconhecimento por parte do poder público do legado deixado pelas ferrovias”.

A presidente da Comissão de Documentação do CSJT e do TST, e coordenadora do Comitê Gestor do Programa Nacional de Resgate da Memória da Justiça do Trabalho (CGMNac-JT), ministra Maria de Assis Calsing, declarou a exposição aberta afirmando que a mostra aborda a evolução das ferrovias e sua importância singular para o desenvolvimento das relações de trabalho no Brasil. De acordo com a magistrada, eventos como este proporcionam momentos de pura reflexão sobre a política e sobre as ações de preservação da memória desenvolvidas pela Justiça do Trabalho.

A ministra também ressaltou que a Justiça do Trabalho vive um grande momento no que se refere à gestão documental e a memoria. Ela lembrou que somente este ano o CSJT liberou mais de R$ 2 milhões para os Tribunais Regionais do Trabalho em cumprimento ao programa de modernização de arquivos da Justiça do Trabalho, e que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) incluiu em sua grade curricular uma disciplina relacionada à gestão de documentos no curso da formação de juízes.

No final do seu discurso, a ministra Calsing convidou os presentes a participarem do II Simpósio de Gestão Documental da Justiça do Trabalho, que será realizado nesta quarta-feira (5), na sede do TST, e terá como tema principal os instrumentos de gestão e a preservação documental. “É uma temática que julgo muito apropriado, pois na Justiça do Trabalho queremos cada vez mais arquivos organizados, muito bem equipados e capazes de atender eficientemente às administrações e aos pesquisadores”, concluiu.

A exposição “Ferrovias Brasileiras – O trabalho nos trilhos” foi organizada em parceria com os 24 Tribunais Regionais do Trabalho, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Universidade de Brasília (UnB), o Arquivo Público do Distrito Federal e a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás. A mostra ficará aberta para visitação do público até o dia 19 de dezembro. 

Fonte: Ascom/CSJT