25/10/23 – O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), juntamente com representantes da Construção Nacional da Cultura Hip-Hop, assinaram nesta terça-feira (24) o ato de criação do “Grupo de Trabalho Hip Hop”.  O foco central da parceria é o enfrentamento ao trabalho infantil e o fomento à aprendizagem por meio da cultura Hip Hop. 

A cerimônia ocorreu no Salão Nobre da Presidência do TST, com a presença do presidente do Tribunal, ministro Lelio Bentes Corrêa, dos ministros Evandro Valadão e Vieira de Melo Filho e representantes Hip Hoppers.  

Vulnerabilidade

Segundo o ministro Lelio Bentes, a aproximação com o movimento Hip Hop vai facilitar o alcance à juventude das periferias, justamente onde se concentram crianças e adolescentes com maior grau de vulnerabilidade. “É aí que, muitas vezes, os infratores da lei trabalhista vão buscar a mão de obra e o trabalho infantil, comprometendo o futuro dessas crianças”, explicou. 

Porta de entrada

Rafa Rafuagi, MC e ativista cultural à frente das articulações do Movimento, diz que o projeto deve atuar como uma “porta de entrada” sócio-educativa, um mecanismo de resgate de jovens réus primários (a maioria oriunda do tráfico de drogas), cujo processo de remissão acontecerá por meio de encontros culturais com o Hip Hop. “A iniciativa amplia um debate que já deveria ter existido. Será um documento de extrema importância e simbologia”, enfatiza. 

Grupo de Trabalho 

As atividades serão conduzidas pelo ministro Evandro Valadão, coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. O grupo contará com a participação de magistrados e magistradas, representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, que deverão elaborar um projeto institucional com diretrizes para o enfrentamento ao trabalho infantil e fomento à aprendizagem por meio da cultura Hip Hop. 

50 anos do Hip Hop 

Um movimento artístico e cultural que combina grafite, break e rap com DJs e MCs, o Hip Hop completou 50 anos em agosto deste ano. Sua história é marcada pela resistência, pela arte e por expressões que buscam um espaço social para a valorização da cultura como ferramenta de inclusão.  

(Marla Lacerda/CF)