Importância estratégica da comunicação no Judiciário é apresentada na 5ª reunião do Coleprecor - CSJT2
Em tempos de disseminação das fake news, o trabalho das assessorias de comunicação das entidades públicas e privadas tem ganhado ainda mais relevância para combater a desinformação.
Em tempos de disseminação das fake news, o trabalho das assessorias de comunicação das entidades públicas e privadas tem ganhado ainda mais relevância para combater a desinformação. Essa foi a mensagem inicial da palestra das jornalistas Taciana Giesel e Aline Castro na 5ª reunião telepresencial do Colégio de Presidentes e Corregedores de Tribunais Regionais do Trabalho (Coleprecor), nesta quarta-feira (1º/7).
As jornalistas foram convidadas para falar com os gestores dos TRTs sobre “Relacionamento da Justiça do Trabalho com a Mídia”. Taciana Giesel responde atualmente pela Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Aline Castro está à frente da Comunicação Social do maior TRT do país, o da 2ª Região (SP).
Como fator favorável ao Judiciário, as palestrantes citaram pesquisa que menciona ser este o poder com melhor avaliação entre os três poderes, além de ser apontado como o que melhor cumpre seu papel. Além disso, alertaram para a necessidade de atender bem e com agilidade a imprensa. “A sociedade se pauta pela mídia e a mídia não costuma esperar”, enfatizou Giesel.
Aline Castro, por sua vez, enfatizou a importância da comunicação ser encarada como estratégica dentro da estrutura do Tribunal, com condições de não apenas soltar uma informação ou divulgá-la, mas trabalhar essa informação com atenção a quem vai recebê-la. “Traduzir e orientar também são verbos que refletem nosso papel”, ressaltou.
A jornalista também chamou a atenção para a importância de uma comunicação interna eficaz, que faz com que o público de dentro da instituição tenha consciência do seu papel no todo. “É nosso papel inspirá-las [as pessoas da instituição] ao trabalho e, com isso, promover a valorização de tudo o que a gente faz”, incluindo a própria missão da Justiça do Trabalho, concluiu Castro.
Confira abaixo o resumo de mais algumas dicas compartilhadas pelas jornalistas
Rotina dos jornalistas da grande mídia: nem sempre eles conhecem a fundo a rotina dos processos e lidam com muitas pressões. Neste sentido, a assessoria de comunicação tem o papel de explicar detalhadamente o funcionamento do Judiciário e o caminho do processo para que a notícia saia correta. É importante que a instituição se pronuncie e atenda esses jornalistas de forma rápida, “no tempo da imprensa, em que é tudo para ontem”.
“A gente precisa saber quando falar e quando calar” (Arquimedes). Não é bom falar à imprensa assuntos que não são da competência da instituição, política, temas sensíveis e quando não se tem todas as informações necessárias. Neste último caso, prefira dizer “não tenho esse dado nesse momento, mas meu assessor de imprensa poderá colaborar com você”.
Dicas de postura durante entrevista: evitar intimidade com jornalista; discutir as perguntas antes da entrevista; deixar celular no modo avião; ir direto ao ponto, sem respostas longas, mas sim curtas e objetivas.
Como lidar com a crise. Evitar a simples negação. É bom se solidarizar, dizer que está apurando os fatos, que a instituição está à disposição. Além disso, nunca mentir e monitorar a mídia para fornecer novas informações e corrigir eventuais falhas em informações divulgadas.
Próximo encontro
Ao final da exposição, o presidente do Coleprecor, desembargador Paulo Pimenta, agradeceu às jornalistas pela palestra e anunciou o convidado do próximo encontro telepresencial, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. Participaram da reunião cerca de 30 desembargadores.
Fonte: Coleprecor