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Voltar Encontro da Memória da Justiça do Trabalho debate desafios da informatização

03/11/2014 - Facilidade de acesso, agilidade na tramitação e economia de papel são alguns do benefícios da migração dos processos de papel para os eletrônicos. Mas quais são os desafios que a informatização apresenta aos órgãos públicos? Esse foi um dos temas debatidos na manhã da quinta-feira (23) no 7º Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho, realizado na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-CE).

“Quando se fala em documento digital, as pessoas tendem a acreditar que não há limites de armazenagem. Mas não é possível guardar tudo infinitamente”, destacou o professor da Universidade Federal da Paraíba Wagner Junqueira. Ele participou de palestra realizada pelo servidor do TRT da Paraíba Sílvio Lucas da Silva, que falou sobre Preservação e descarte seguro de documentos arquivísticos em suporte digital.

Já o diretor de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação do TRT-CE, Wellington Gaboardi, lembrou que, ao facilitar o envio de documentos, o sistema de Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) fez com que aumentasse a quantidade de informações enviadas por advogados. “Petições que antes possuíam cinco ou seis páginas agora são, muitas vezes, acompanhadas de 100 ou mais documentos”, ressaltou.

Armazenamento em nuvem 

Falando sobre armazenamento em nuvem e sobre a preservação da memória institucional, a arquivista do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ana Rosa Barreto lembrou que, apesar de trazer muitas comodidades, essa é uma tecnologia que ainda necessita de reflexões na Justiça do Trabalho. “É uma nova tecnologia que já faz parte da nossa realidade. A discussão não pode ficar restrita às áreas de tecnologia da informação. Este é o momento de montarmos grupos de trabalho multidisciplinares para tratar do tema”, afirmou.

Outro desafio da informatização apresentado pelos palestrantes foi como descartar de maneira segura documentos digitais. “Diferentemente do que acredita a maioria das pessoas, não basta enviar o documento eletrônico para a lixeira do computador e depois esvaziá-la”, afirmou o professor Wagner Junqueira. Ele lembrou que há dezenas de softwares disponíveis na internet que recuperam essas informações com facilidade.

Na tarde da quarta-feira (22), em reunião com os inscritos no evento, foi escolhida e homologada a nova diretoria do Memojutra - biênio 2015-16. O Memojutra é o Fórum Nacional Permanente em Defesa da Memória da Justiça do Trabalho e a desembargadora do TRT15 (Campinas/SP), Tereza Asta Gemignani, foi eleita presidente.

Fonte: TRT7

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