Empresa instalada em São Paulo é condenada por ausência de divisória em vestiário - CSJT2
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) reformou uma sentença (decisão de primeira instância) e condenou a Bridgestone do Brasil Indústria e Comércio LTDA. ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 6 mil a um ex-empregado, pela falta de divisória em banheiro coletivo.
A decisão, da Décima Primeira Turma do TRT 2, levou em conta que a empresa não estava cumprindo a Norma Regulamentadora Nº 24, relativa às condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho.
“A situação gera no trabalhador efetivo dano de ordem subjetiva e, portanto, à empresa o dever de indenizar o desconforto causado”, destacou a relatora do acórdão, juíza convocada Ivete Bernardes Vieira de Souza. A NR 24 prevê expressamente que os banheiros dotados de chuveiros devem ter portas de acesso que impeçam o devassamento, ou ser construídos de modo a manter o resguardo conveniente. Segundo o autor da ação, esse fato acarretava exposição excessiva e desnecessária da intimidade dos empregados.
Para justificar o dever de indenizar, a relatora lançou mão de dispositivos do Código Civil, bem como do artigo 5º da Constituição Federal, que traz em seus incisos V e X a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas.
A divisória só foi instalada ao final do contrato de trabalho do ex-empregado.
Fonte: TRT da 2ª Região (SP)