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Voltar Soluções conciliadas em centros especializados da Justiça do Trabalho movimentaram mais de R$ 7 bilhões em 2023

Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejuscs) resgatam o diálogo como melhor caminho para a solução dos conflitos

Duas mulheres apertando as mãos. Na imagem, não mostra os rostos das mulheres.

 

3/4/2024 - A resolução de processos trabalhistas por meio de acordos movimentou mais de R$ 7,3 bilhões nos Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejuscs) da Justiça do Trabalho, em 2023. Do total, R$ 6,9 bilhões correspondem a 122,1 mil acordos homologados pelos Cejuscs dos Tribunais Regionais do Trabalho. Outros R$ 420 milhões foram conciliados em 1,5 mil processos que passaram pelo Cejusc do Tribunal Superior do Trabalho.

Os Cejuscs são centros especializados em conciliação. Juízes e servidores da Justiça do Trabalho que atuam nessas unidades são permanentemente capacitados para aprimorar a mediação entre as partes dos processos - empregados e empregadores. Existem 121 instalados no Brasil. Juntos, em 2023, eles responderam por 42% de toda a movimentação financeira de acordos em processos na Justiça do Trabalho. 

Profissionalização

Segundo o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, vice-presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, os resultados refletem uma mudança de paradigma. Ele coordenada a Comissão Nacional de Promoção à Conciliação (CONAPROC) e o Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TST.

“O objetivo é cumprir o desafio de fomentar as políticas nacionais de conciliação e desenvolver projetos voltados para reduzir a litigiosidade”, explica. “A criação dos Cejuscs, hoje presentes em todos os Tribunais Regionais do Trabalho, é a profissionalização do encontro da justiça com as partes, para que possamos cada vez mais, em cada atividade, realizar a vocação natural da Justiça do Trabalho, que é a conciliação", avalia.

Ministro Aloysio Corrêa da Veiga na sala de conciliação do TST.Impacto

Corrêa da Veiga observa que a distribuição de valores em processos trabalhistas também aquece a economia e tem alto impacto social e econômico. Dos R$ 7,3 bilhões movimentados pelos Cejuscs, foram arrecadados R$ 611 milhões para a Previdência Social e R$ 630 milhões de Imposto de Renda.

Celeridade

“No Tribunal Superior do Trabalho, os acordos contribuem para reduzir a litigiosidade, racionalizar a gestão de processos e estimular a resolução dos casos por meio do consenso”, afirma o ministro.

A celeridade na resolução dos processos por meio da mediação especializada tem despertado o interesse das partes. No TST, empresas têm procurado a Vice-Presidência do TST interessadas em conciliar. 

Modelo

Em junho de 2023, a Caixa Econômica Federal e o Tribunal Superior do Trabalho celebraram um Acordo de Cooperação Técnica para reduzir o número e o tempo de duração dos processos. Hoje tramitam no Tribunal 11,5 mil processos da Caixa e 52 mil nos Tribunais Regionais. 

Na época do acordo, a CEF entregou uma lista com 1.250 processos selecionados (500 deles em trâmite no TST) para propor conciliação, com possível repercussão econômica de cerca de R$ 1,7 bilhão. “O acordo com o TST veio coroar os objetivos da Caixa com relação à conciliação”, afirma o gerente executivo de conciliação do banco, Everaldo Ashlay Silva de Oliveira.

Segundo ele, a criação de um fluxo de mutirões de conciliação diretamente no TST acaba servindo de modelo de “boas práticas” que se dissemina pelos diversos Cejuscs por todo o Brasil, que também trabalham em parceria institucional com a Caixa no agendamento de audiências conciliatórias.

Acordo

Em outro acordo firmado no TST, o Banco do Brasil encerrou um processo que envolvia 3.800 trabalhadoras, discutindo o intervalo para descanso e alimentação. O volume negociado foi de R$ 50 milhões. 

Racionalidade

Antes da criação do Cejusc/TST, em dezembro de 2022, quando se solicitava uma conciliação em processo no Tribunal, o caso era remetido ao Tribunal Regional de origem, onde ocorria a mediação. 

Para se ter uma ideia, no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, entre 2014 e 2022, foram realizadas tentativas de conciliação para 68 processos; 13 tiveram acordos homologados pelo antigo Núcleo Permanente de Conciliação (Nupec). Em 2023, primeiro ano do Cejusc/TST, houve conciliação em 1,5 mil processos.

Semana da Conciliação

Todos os anos, a Justiça do Trabalho promove a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista. Em 2024, a 8ª edição do evento será realizada de 20 a 24 de maio, em todo o país. O slogan deste ano já está definido: “É conciliando que a gente se entende”. O evento é uma iniciativa do CSJT e conta com o apoio do TST e dos 24 tribunais regionais do trabalho, que promovem verdadeiros mutirões para solucionar conflitos por meio do diálogo mediado.

Para incluir o processo em pauta, busque a Vara do Trabalho onde sua ação tramita ou entre em contato com o Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (CEJUSC) da sua região. 

Saiba mais: “É conciliando que a gente se entende” é o slogan da Semana Nacional da Conciliação Trabalhista 2024.

Ilustração com ícones de balão de diálogo em tons de azul. Está escrito: Semana da Conciliação Trabalhista 2024 - É Conciliação que a gente se entende - De 20 a 24 de maio. Ao lado, duas mulheres apertando as mãos.

(Secom/TST)

Rodapé Responsável DCCSJT