Nina da Hora aborda tecnologia e racismo algorítmico em encontro com magistradas, advogadas e servidoras - CSJT2
Nina da Hora aborda tecnologia e racismo algorítmico em encontro com magistradas, advogadas e servidoras
A pesquisadora foi a palestrante da 6ª edição do Ciclo de Encontros Virtuais Liderança Digital para Mulheres.
O encontro virtual com Nina da Hora foi transmitido pela plataforma Zoom.
18/8/2023 - A 6ª edição do Ciclo de Encontros Virtuais Liderança Digital para Mulheres, realizada nesta sexta-feira (18), debateu o tema “Hackeando as possibilidades com a tecnologia” com Nina da Hora, pesquisadora na área de pensamento computacional. O encontro é destinado a magistradas e servidoras do Poder Judiciário, além de advogadas.
Nina da Hora abordou temas como a invisibilização de cientistas e negros, o método para prisão de pessoas por fenótipo no século XIX, os modelos algorítmicos do reconhecimento facial e a fotografia analógica e a digital. “Dados carregam história e carregam ecos do passado”.
Reconhecimento facial x racismo algorítmico
A pesquisadora explicou sobre a tecnologia de reconhecimento facial, um método biométrico que usa diferentes técnicas de inteligência artificial para reconhecer ou identificar rostos humanos, a partir de modelos algorítmicos. “A identificação facial envolve a correspondência de um para muitos que compara um rosto na consulta com vários rostos no banco de dados, o objetivo é encontrar o rosto mais semelhante”.
Ao se aprofundar no tema, abordou a ética em Inteligência Artificial e a investigação do racismo algorítmico no reconhecimento facial. Segundo ela, cientistas da computação precisam se preocupar com os aspectos sociais de suas criações, dado que isso não é um erro computacional, mas um problema que precisa ser debatido na computação.
“Isso ajuda a mitigar possíveis danos e também pensar a acessibilidade em um lugar um pouco mais real”, disse. “Na nossa área estamos sempre muito envolvidos em problemas matemáticos, nos preocupando com códigos, mas nós precisamos estender isso para a sociedade, pois, se não, não vai fazer muito sentido”, completou.
Liderança Digital para Mulheres
Apesar dos avanços alcançados pelas mulheres na sociedade, ainda é possível observar que determinadas áreas de trabalho, como a de Tecnologia da Informação, são predominantemente ocupadas por homens. Seja por questões culturais e/ou sociais, a baixa representação feminina reforça a ideia de que essa área não é voltada para este gênero.
Por isso, o Encontros Digitais Liderança Digital para Mulheres foi criado pelo CSJT para fomentar a participação de magistradas e servidoras na área da Tecnologia da Informação no Judiciário Trabalhista. Os encontros são ministrados por profissionais femininas com grande destaque nesse campo.
(Nathalia Valente/AJ)