Justiça do Trabalho da 7ª Região (CE) mantém produtividade por meio do teletrabalho - CSJT2
Já foram realizados mais de 16,8 mil atos processuais, entre publicação de sentenças, decisões, despachos e alvarás, dentre outros.
Em razão da pandemia do coronavírus, o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (CE) determinou, entre outras previsões, que seu corpo funcional permanecesse em casa para evitar a propagação da doença. A Presidência e a Corregedoria do órgão autorizaram que magistrados, servidores e estagiários realizassem suas atividades de maneira virtual, em regime integral de teletrabalho.
Desde o dia 13 de março - data em que foi publicado o primeiro ato com medidas preventivas - até esta segunda-feira (30/3), a Justiça do Trabalho da região já realizou 16,8 mil atos processuais, entre publicação de sentenças, decisões, despachos e alvarás, dentre outros.
Produtividade
A Secretaria de Gestão Estratégica do TRT, mediante extração de dados do Sistema de Consulta a Dados Operacionais (Sicond), informou que, no período compreendido entre 13 a 30 de março, intervalo que magistrados, servidores e estagiários passaram a trabalhar integralmente de forma remota, foram elaborados 16.844 expedientes, que incluem alguns dos principais atos judiciais da Justiça Laboral.
No somatório, foram confeccionados 1.825 sentenças, 2.200 decisões, 11.408 despachos, 517 alvarás e 894 processos restituídos pelo relator.
Rotina em teletrabalho
“O teletrabalho já era uma realidade vivida na Justiça do Trabalho por boa parte dos servidores. Então, a adaptação tem sido facilitada”, reflete a juíza vinculada da 1ª Vara do Trabalho de Maracanaú, Ana Caroline Bento Maciel Freitas.
A juíza aponta a comunicação eletrônica como um facilitador para implementação do trabalho home office. “O grupo de Whatsapp da unidade tem sido um bom instrumento de comunicação entre os servidores, diretora de secretaria e juízes. O e-mail também entra em campo quando precisamos discutir algo mais complexo, com orientações mais pontuais”, afirma a magistrada.
Quanto à rotina de trabalho nesse período de quarentena, Ana Caroline Bento registra que é fundamental um cronograma de atividades.“Primeiramente, tenho muita disciplina quanto ao horário de iniciar as atividades. Pela manhã, priorizo tirar dúvidas dos assistentes, assim como analisar despachos e decisões com um grau mais reduzido de complexidade. No turno da tarde, tenho priorizado as minutas de sentenças e, no período da noite, retomo a análise de despachos e decisões mais simples, evitando acumular para os dias seguintes”, conclui a juíza do trabalho.
Para o calculista da 11ª Vara do Trabalho de Fortaleza, Ricarte Antunes, que desde 2019 realiza atividades em regime de teletrabalho, o processo judicial eletrônico (PJe) trouxe a facilidade de tornar o sistema acessível em qualquer local. Ele avalia que o período de trabalho em casa flexibiliza a jornada. “O tempo de trabalho é muito mais efetivo, porque, como há uma redução de imprevistos, eu consigo cumprir a meta diária do trabalho, escolhendo o melhor horário para realizar os cálculos da unidade”.
Analisando o momento atual de isolamento social, o servidor constata que o trabalho tem sido relevante para preencher o tempo de forma proativa. “Nessa época de pandemia, é muito vantajoso o trabalho home office, pois é uma forma de se pensar em outras coisas. É momento de ver o bem que a gente pode fazer para outras pessoas, através do nosso trabalho, numa produção e qualidade maiores”, reflete o calculista.
Fonte: TRT da 7ª Região (CE)